Se você não gosta do banana do Eron em “Amor à Vida”, saiba que o próprio intérprete, Marcello Antony, também não.
O ator falou – nas entrelinhas – sobre seu descontentamento com o advogado que trai e troca o marido Niko (Thiago Fragoso) com e pela odiosa Amarilys (Daniele Winits).
Antony disse que seus amigos e familiares “querem bater nele (no personagem). E sempre digo que quero ser o primeiro a bater nele. Porque o que as pessoas não entendem é como ele, sendo um advogado renomado, caiu em uma lábia tão rasa quanto à da Amarylis”.
O ator também revelou que não concorda com a abordagem da trama feita por Walcyr Carrasco. “Acho que para se discutir os gays em uma novela no horário nobre, você tem que inserir os gays na sociedade. Eu abordaria outros temas. Por exemplo, eu inseriria a minha mãe achando ele muito fofo e vice versa”.
E continua: “Eu vejo uma trama mais preocupada com a comédia, em vez de mostrar gays que têm família. Os personagens ainda são muito órfãos. Eu sofro para dizer aquele texto, porque é algo que eu nunca diria, mas eu sou apenas um veículo para expressar o que o autor escreve. Com todas suas coerências e incoerências.”
Ele também gostaria que todos os três gays da trama terminassem sozinhos. “Acho que Niko, Eron e Félix deveriam terminar cada um seguindo seu caminho. O Félix, por exemplo, não vejo maneira de ele se redimir. Mas o público não está nem aí para as maldades que ele fez. A gente vive em uma sociedade que não tem cultura de combater o corrupto, o ladrão.”
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