Fidel Castro assume responsabilidade por perseguição a gays de Cuba


Em entrevista, ex-ditador cubano tentou se justificar por não impedir abusos contra homossexuais.
O ex-ditador de Cuba, Fidel Castro, reconheceu sua responsabilidade na perseguição contra homossexuais que se deu no país depois após a revolução de 1959. Falando ao jornal mexicano La Jornada, Castro classificou de "injustiça" o fato de homossexuais terem sido presos e enviados para campos de trabalhos forçados entre as décadas de 60 e 70. Aos 84 anos, Fidel Castro reconheceu que poderia ter ordenado o fim das perseguições.

"Naquela época e por causa da homofobia, se afastou e discriminou aos homossexuais em Cuba, muitos foram para campos de trabalho militar-agrícola. Foram momentos de uma grande injustiça, e se fui eu, e realmente tenho grande responsabilidade nisso, o assumo, mesmo que não tenha esse tipo de preconceitos".

O homem que governou Cuba por 32 anos tentou justificar a omissão afirmando que estava ocupado demais para se ocupar com "esses assuntos". "Estava preocupado principalmente com a Crise de Outubro, das questões políticas. Eram nossos primeiros meses à frente da Revolução".

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A homofobia oficial em Cuba foi retratada no filme "Morango e Chocolate", de 1994. Na obra, ambientada na Havana dos anos 70, o personagem gay é visto como ameaça à causa comunista. Veja um trechinho:

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